sexta-feira, 6 de maio de 2011

07 de Setembro

Victor Emanuel Vilela Barbuy

Era o dia 07 de Setembro. O ano era o do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1822. Estivera o Príncipe Regente D. Pedro (futuro Imperador D. Pedro I) em Santos e agora seguia, pela Terra Bandeirante, no rumo da Cidade de São Paulo, a antiga Piratininga, capital da província de mesmo nome, acompanhado de numerosa e galharda tropa de sua Guarda. Quando chegou às margens de um pequeno riacho de translúcidas águas por nome Ipiranga, encontrou um portador com cartas de Europa e também uma de sua esposa, a Princesa D. Leopoldina. As cartas européias exigiam o imediato retorno do Príncipe Regente ao Reino de Portugal, ao passo que a da futura Imperatriz Leopoldina o instigava a quedar-se no Brasil e a fazer-se Imperador dos Brasileiros.

Já furioso com o fato de as nefandas Cortes de Lisboa, de acentuada tendência liberal, desejarem reduzir o Brasil à categoria de mera colônia portuguesa (já que estávamos desde 1815, graças ao memorável Rei D. João VI, na condição de Reino Unido a Portugal e Algarves), o Príncipe Regente ficou ainda mais revoltado com aquela exigência descabida e, havendo chamado todos os cavalariano ao redor de si, arrancou da espada e gritou: - Independência ou morte!

Os homens da comitiva de D. Pedro, arrancando de seus braços as fitas que indicavam serem eles súditos de El-Rei de Portugal, gritaram as mesmas palavras memoráveis.

Pouco mais tarde, já em São Paulo, foi realizada uma grande festa a que compareceu D. Pedro, trazendo em seu braço as cores verde e amarela. Foi nessa mesma festa cantado, pela primeira vez na História, o Hino da Independência, que D. Pedro acabava de compor e assim principiava:

"Já podeis da Pátria filhos

Ver contente a mãe gentil

Já raiou a liberdade

No horizonte do Brasil..."

Faz-se mister sublinhar que a Independência desta Grande Nação não significou, absolutamente, hostilidade a Portugal, nossa Pátria Mãe, de cujo povo somos irmãos.

Por fim, cabe ressaltar que poucas palavras definem tão bem a necessidade de nossa Independência como as que José Bonifácio pronunciara tempos antes de ela concretizar-se no Grito do Ipiranga: "A filha já está em idade de casar e precisa montar sua casa."

Sejam estas linhas minha modesta porém sincera homenagem a D. Pedro e a todos os responsáveis pela Independência de nosso País, que precisa, aliás, ser novamente proclamada (desta vez não contra as Cortes de Lisboa, mas sim contra os grandes grupos financeiros internacionais, contra o neoliberalismo, a corrução, os políticos tradicionais e as idéias extremistas (especialmente o comunismo bárbaro e ateu).

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